Desde que a Itália suspendeu as restrições de quarentena para conter o novo coronavírus, o país tem registrado um aumento significativo nas vendas de bicicletas. Esse crescimento é um reflexo do desejo das pessoas de evitar o transporte público e de uma resposta positiva aos incentivos governamentais voltados para a proteção ambiental. De acordo com a Ancma, entidade que representa o setor, cerca de 540.000 bicicletas foram vendidas desde a reabertura das lojas no início de maio, o que representa um aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2019. 
Para incentivar o uso de bicicletas e reduzir a dependência do transporte público, o governo italiano implementou um subsídio de até € 500 (aproximadamente R$ 2,9 mil) para a compra de bicicletas elétricas. Este subsídio, válido desde 4 de maio até o final do ano, ajudou a acelerar a adoção de bicicletas, mesmo em cidades menores.
Com mais de 34,6 mil mortes por Covid-19, a Itália possui o quarto maior número de casos do mundo, e as autoridades ainda alertam sobre o alto risco de infecção em locais com grande aglomeração. O governo destinou € 120 milhões ao plano de incentivo e está disposto a alocar mais recursos, se necessário.
Еmbora o uso de bicicletas já seja popular em cidades planas do norte, como Bolonha e Parma, o aumento também está sendo observado em regiões mais ao sul. Simone Lazzaretti, da loja Lazzaretti em Roma, relatou que “vendemos mais de 50 bicicletas desde a reabertura”. Ele destacou que, devido à demanda, apenas os modelos mais caros, com preços em torno de € 2,5 mil, estão disponíveis atualmente.
